Meu tempo me consome...
ao mesmo tempo em que digo
não vejo a vaidade do tempo me levar,
E não sou eu quem consome o tempo.
Vejo as horas,
minha vida...
cada minuto que o relógio leva embora,
com seu girar repetitivo.
E lá vai minha alma...
segue com o soprar de um vento,
adormecido, quase morto.
Eu digo tempo para morte,
e não para vida.
Levamos tempo para morrer,
e não para viver.
Hoje meu dia é o tempo que levo
em frente ao espelho.
Vejo o rosto de um tempo que passou
disfigurado.
A marca vem com batidas do coração
que vibra.
E eu digo:
ah...que vontade eu tenho de viver.
Em outro momento eu respondo:
quem dera eu o pudesse.
Já passaram muitas horas
desde o meu último encontro com ela.
A vida.